quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A VIAGEM DE DARVIN A BORDO DO HMS BEAGLE – PARTE 3 - GALÁPAGOS E SELEÇÃO NATURAL

Darwin tinha 26 anos quando chegou ao arquipélago de Galápagos. Este conjunto de ilhas vulcânicas situado no Pacífico, distante cerca de 1.000 Km do Equador. Apesar de ficar no arquipélago pouco mais de um mês (15 de setembro à 20 de outubro de 1835), suas observações neste arquipélago foram determinantes para divulgação da teoria de seleção natural, publicada em seu livro A Origem das Espécies Darwin visitou apenas 4 ilhas: San Cristóbal (Chatham Island), depois Floreana (Charles Island), Isabela e Santiago.

A primeira impressão que Darwin teve da ilha que visitou ( San Cristóbal) não foi nada boa. Em seu diário de bordo ele escreveu: "Nada poderia ser menos convidativo do que esse primeiro relance" e ainda "A superfície seca e crestada, aquecida pelo sol do meio-dia, deixava o ar abafado, opressivo como em um forno; tínhamos a impressão de que até os arbustos cheiravam mal". Mas essa percepção inicial não durou muito tempo. Logo, Darwin observou a vegetação e percebeu que nem todos os arbustos raquíticos eram desfolhados, alguns estavam até floridos, suas folhas e flores eram muito menores do que todas as que Darwin já havia visto. Os cactos eram esparsos e alguns bem altos. Observou também enormes lagartos negros que rastejavam pelas rochas, e no meio deles corriam pequenos caranguejos escarlate, procurando carrapatos para comer. Seguiu uma trilha e se encantou quando encontrou as tartarugas-gigantes. Conta em seu diário que até mesmo subiu no casco de uma delas e que a tartaruga pareceu não se importar com a sua presença.





A ilha Charles (ou Santa Maria) era habitada por prisioneiros políticos. Lá Darwin observou as elevações, as lavas vulcânicas que formavam a ilha, também se encantou com samambaias gigantes.
Em Albemarle (Ilha Isabela), Darwin viu "imensos transbordamentos de pura lava negra. Também estudou atentamente os iguanas marinhos, únicos lagartos marinhos do mundo. Ele destaca que os animais de Galápagos não estranhavam os seres humanos e que até pode puxar a cauda de um iguana. As aves também não tinham adquirido temor aos seres humanos, já que as ilhas não eram habitadas. Então, ele pode observar de perto 14 espécies relacionadas de tentilhões do género Fringilla com pequenas variações entre eles. Diferiam principalmente no tamanho e na forma do bico, que poderia estar relacionado com o tipo de alimentação.




Assim, Darwin formulou a hipótese de que as variações encontradas era devido à modificação de uma espécie para chegar a fins diferentes. «É possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades.» ENTÃO a teoria da evolução das espécies começava a ganhar forma, apesar de contradizer tudo o que se conhecia até então. Darwin percebeu que cada ilha era «habitada por um conjunto diferente de criaturas» e descobriu que o vice-governador da colónia era capaz de identificar rapidamente a ilha de onde provinha uma tartaruga através da sua carapaça. Darwin concluiu, que Galápagos era "um universo em miniatura".
A viagem de Darwin prossegue, chegando até o continente Australiano, onde o naturalista se encanta com os marsupiais. A expedição prossegue pelo oceano índico, visitando as ilhas Cocos, onde Darwin estuda os bancos de corais, e as ilhas Maurícias. Passa o cabo da Boa Esperança em Junho de 1836, e depois de mais uma passagem pelo Brasil, onde chega em Agosto, regressa finalmente a casa em Outubro de 1836.
Ao terminar a viagem no Beagle, Darwin tinha se transformado em um naturalista experiente e passou a dedicar sua vida à pesquisa científica, passando a não mais acreditar na imutabilidade das espécies e a teorizar sobre a seleção natural, pela qual o indivíduo mais bem adaptado de cada população sobrevive e deixa descendente, ao contrário dos menos adaptados.



Redige o Diário de Viagem do Beagle e prepara a obra em vários volumes As Observações Geológicas na América do Sul e Zoologia da Viagem do Beagle. Em Julho de 1837, no seu caderno B sobre a teoria da transmutação, surge a primeira representação de uma árvore evolutiva, sobre a qual Darwin escreveu «Penso que».


Em 1858, Darwin recebe uma carta de Alfred Wallace, procedente da Malásia com um ensaio onde Wallace descreve a tendência das variedades para se desviarem indefinidamente do tipo original. Vendo que o seu correspondente defende uma teoria da evolução por seleção natural quase igual à sua, Darwin decide apresentá-la à comunidade científica na Linnean Society of London, numa comunicação conjunta Wallace/Darwin. Mas o anúncio da maior descoberta científica do século é recebido com indiferença. Darwin, decide então publicar a sua teoria em livro, e em pouco menos de um ano completa e publica A Origem das Espécies , em 24 de Novembro de 1859. O livro, com tiragem de mil duzentos e cinquenta exemplares, esgotou-se no primeiro dia de vendas e foi um enorme sucesso tanto na Grã-Bretanha como no resto do mundo. O livro é considerado um dos livros mais importantes da história da Biologia. Nele, Darwin propõe a teoria de que os organismos vivos evoluem gradualmente através da seleção natural.
Fontes consultadas
http://www.britishcouncil.org/BR/texto_sobre_charles_darwin_para_site.pdf
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u497615.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gal%C3%A1pagos
http://educacao.uol.com.br/ciencias/viagem-de-darwin-navegando-pelo-mundo-darwin-revolucionou-ciencia.jhtm
http://www.slideshare.net/ladonordeste/charles-darwin-1044346




Charles Darwin, um naturalista que revolucionou a Ciência. Um observador preciso, pesquisador incansável e cientista brilhante.

Espero que tenham gostado destes posteres sobre Darwin. A cada semana uma nova biografia.

Agora uma tirinha para descontrair


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