domingo, 18 de novembro de 2012

CHAMA-MARÉ

Este carangueijinho do gênero Uca é popularmente conhecido como chama-maré, xié, caranguejo violinista, tesoura entre outros nomes. Os machos possuem esta quelípede (pinça) desproporcionalmente grande, já a fêmea possui as duas quelípedes do mesmo tamanho (DIMORFISMO SEXUAL). Com essa pinça (quela)  maior os machos realizam acenos (movimentos circulares) exibindo-se para as fêmeas durante o ritual de cortejo ou para inibir outros machos em arenas de exibição.

A quelípede do macho equivale quase a  metade da massa corporal do chama-maré.
Eles vivem em ambientes semi-aquáticos, na zona entremarés de litorais marinhos ou manguezais.
Os chama-marés escavam tocas de profundidade variada, de onde saem durante a baixa da maré para realizar a reprodução. Fatores como o nível do mar, a exposição à maré, a salinidade e a temperatura são importantes na distribuição e zonação das tocas desses caranguejos. Geralmente é a luz do sol que dá a orientação espacial para estes caranguejos Embora estes caranguejos possuam características semi-terrestres, as suas larvas(zoea)  desenvolvem-se em ambiente aquático.

Alimentam-se de uma variedade e bactérias e microflora  bentônicas, tais como, diatomáceas e algas azuis . Os chama-marés são citados, por alguns autores,  como bioindicadores de ambientes ainda saudáveis. Esses caranguejos, ao removerem a terra, promovem uma grande bioperturbação, a qual auxilia na ciclagem de nutrientes e de energia no ambiente. O ato da procura de alimento, a escavação das tocas e a movimentação destes animais revirando o sedimento permite, assim, mais oxigenação do substrato e liberação de nutrientes que vai enriquecer ainda mais o ecossistema.

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