terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Marie e Pierre Curie.



Pierre Curie( 15 de maio de 1859 - 19 de abril de 1906), nasceu na França, em Paris, alguns anos antes de Marie Curie, filho e neto de médicos, Pierre ganhou o título de bacharel em Ciências quando tinha apenas 16 anos e obteve a licenciatura aos 18 anos. Juntamente com seu irmão Jacques Curie, Pierre desenvolveu um aparelho relacionado a produção de corrente elétricas, baseado nos cristais de quartzo piezelétrico. Em 1883, chegou ao cargo de Chefe da Faculdade de Física e Química de Paris. Trabalhando com extema dedicação com o estudo da Física dos cristais, Pierre formulou o enunciado do Princípio Universal da simetria: As simetrias presentes nas causas de um fenómeno físico também são encontrados nas suas consequências. Mais tarde estes conceito foi usado para construção dos computadores que hoje utilizamos.
Conheceu Marie Curie, através do professor Kowalski. Ambos trabalhavam no laboratório da Escola de Química e Física da rua Lhomond, onde Pierre era professor. Ele logo fez uma proposta de casamento a jovem Marie, que a princípio não aceitou. Mas, em 28 de julho de 1895, casaram-se. Passaram a morar em um pequeno apartamento, bem simples, já que não possuíam posses. Em 1897, o casal tem a primeira filha IRENE.

Juntos Pierre e Marie Curie prosseguiram sua jornada de pesquisas da radioatividade do urânio, valendo-se de todos os métodos conhecidos e criando outros, sempre em condições precárias e sem o menor apoio dos poderes constituídos. Os dois lutaram incessante e incansavelmente em dois minerais extraídos do urânio – pechblenda e chalcolita. Pesquisando a pechblenda, descobriram o POLÔNIO e o RÁDIO. E em 1898, publicaram 32 comunicações cientícicas a cerca de suas descobertas. Neste mesmo ano, o casal ganhou apoio de outro pesquisador Bémont, que os ajudou na pesquisa do rádio.
Mesmo com as descobertas, a vida do casal era de dificuldades financeiras e muita pobreza. Madame Curie  começou a trabalhar em um colégio Masculino perto de Versalhes, para ajudar nas despesas da família.
O casal soube que na Áustria,região da Boêmia,  haviam as minas de Joachumsthal. Nelas, extraíam-se phechblenda. O urânio era retirado e o resíduo não tinha valor comercial. Como eles acreditavam que o rádio e polônio, permaneciam nestes resíduos, pediram para que os enviassem. O governo austríaco atendeu o pedido e enviou toneladas deste lixo radioativo para o casal Curie que o armazenou em um barracão abandonado.
Com uma grande estaca de ferro, Pierre e Marie Curie revolviam o material para extraírem o rádio. Esta situação causava extremo cansaço, queimaduras pelo corpo causdas pelos salpicos da massa em ebulição, as mãos descamavam e os dedos endureciam e inflamavam nas pontas. Com tudo isto, Marie adoeceu de reumatismo.
                Em 1900, os cientistas alemãs Walkhoff e Giesel observaram que o rádio agia sobre tecidos vivos, constatando que ele era capaz de destruir células doentes. O rádio passou a ser testado como tratamento para certos tipos de câncer – foi o início da radioterapia.
Uma curiosidade é que primeiramente a radioterapia era chamada de curieterapia para tratamento do câncer.
Com a descoberta, o casal Curie recebeu a proposta de patentear os métodos de isolar e empregar o rádio e ganhar dinheiro como inventores. Porém, decidiram não comercializar a sua descoberta e publicaram suas pesquisas, sem nenhuma restrição. Como cientistas não se acharam no direito de explorar comercialmente aquela situação que envolvia o tratamento com possibilidade de cura do câncer. 

O casal recebeu um convite da Royal Institution de Londres para participarem de uma sessão, onde conheceram vários cientistas, dentre eles Kelvin. Foi a primeira vez que uma mulher participou de uma sessão da Royal Institution.
Vários foram os prêmios que o casal recebeu pelas descobertas, inclusive o Nobel em 1903. Assim, a vida financeira do casal começou a se estabilizar. Mas a vida pública, fez com que os cientistas se sentissem incomodados, pela falta de sossego. Neste mesmo ano, o casal tem sua segunda filha, EVA DENISE.
Marie e Pierre adoeceram de fadiga, pois estavam sendo muito solicitados e Marie tivera uma gravidez difícil. Além disso, Pierre se incomodava com a falta de investimento do estado em pesquisas, destacando que havia mais honra na descoberta do que investimento na pesquisa. Decidiram então, passar o feriado de Páscoa de 1906 com as filhas, no Vale de Chevreuse. No dia seguinte ao retorno (19 de abril), Pierre foi atropelado quando atravessava a Rue Dauphine, por um veículo puxado por cavalos. Era um dia chuvoso, Pierre estava feliz e pensativo e não percebeu a vinda do veículo ao atravessar a rua. Ao ser surpreendido pelos gritos do cocheiro, escorregou e teve sua cabeça esmagada. Terminava assim a história de vida do CASAL CURIE. Mas Marie prosseguiu os estudos sobre radioatividade iniciado por eles e assumiu a vaga deixada pelo su marido na Universidade de Soborne em 1º de maio de 1906, sendo a primeira mulher a ocupar o cargo de professora do ensino superior.Mais tarde, organizou os trabalhos do marido e publicou as obras de Pierre Curie. Os restos mortais de Pierre foram depositados na cripta do Panteão de Paris em Abril de 1995.


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